Benfica: Rui Costa quer 70 ME/ano pelos direitos de TV e critica novos estatutos que podem derrubar direção do clube

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Algumas das declarações de Rui Costa, presidente do Benfica e candidato à reeleição, em entrevista à SIC Notícias, esta noite.

Recusou proposta da NOS pelos direitos televisivos do Benfica? "Temos propostas no dia de hoje que já superam o que temos no presente, mas que não aceitámos essas propostas por dois motivos muito simples: uma porque acreditamos que podemos chegar mais longe e outra porque estamos num momento eleitoral e seria incorreto da minha parte eu aceitar uma proposta que considerasse..

Era de 40 ME/ano? "Por questões negociais, não vou divulgar o valor da proposta. Acima de 40 milhões. Queremos mais do que temos hoje em cima da mesa. O facto de estarmos num período eleitoral, seria incorreto da minha parte dizer que tinha fechado um contrato apenas para dizer que tinha fechado um contrato quando eu próprio estou convencido de que o Benfica pode receber mais.

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Por 50 ME/ano não vende? "Não, não vendo."

E 70 ME/ano? "Quero andar na ordem disso. Há esta baliza de dois anos para completar e fazer isso."

Benfica District é um bom negócio: "É um projeto que nada terá a ver com o dia a dia do clube, com as contratações para o futebol ou para as modalidades. O Benfica já tem muitas propostas para financiamento total deste projeto. É um projeto que se pagará a ele próprio. Vai dar melhores condições aos nossos adeptos."

É investimento português ou estrangeiro? "Temos de ambas as partes. Quando chegar à altura, iremos escolher a mais benéfica para o clube. Vai dar a possibilidade de termos o estádio com 80 mil lugares, uma melhor experiência para os adeptos, melhores condições para as nossas modalidades e um retorno de 40 milhões de euros/ano, que serve para aquilo que é o futuro do Benfica."

Novos estatutos do Benfica podem fazer cair uma direção ao fim do chumbo de dois Relatórios e Contas: "Foram os Estatutos que os sócios aprovaram e as alíneas que os sócios do Benfica quiseram inserir nos Estatutos do Benfica e que eu considero um perigo para o futuro do Benfica. Esta parte. Considero que os Estatutos do Benfica, que foram feitos da forma mais democrática que podiam ter sido feitos, e apesar de o Benfica estar mais forte e blindado para o futuro, não deixam de ter algumas alíneas como esta que será um futuro para o perigo do Benfica."

Foi a sua Direção que lançou a proposta? "Não, foi a Assembleia Geral. É perigosa para o Benfica. Foi chumbado o Relatório e Contas positivo de 30 milhões, o terceiro melhor resultado. É um perigo. O Benfica não poderá estar a confundir as coisas, se a bola entra ou não, se se gosta mais ou não de um presidente, para a presidência do Benfica saltar de seis em seis meses ou de ano a ano. Tem de haver responsabilidade dos sócios perceberem a situação do clube. Esta situação não pode ser confundida. Parece-me descabido votar contra um Relatório e Contas desta dimensão. Pode acontecer no futuro. E acontecendo no futuro, com novos estatutos, caindo a Direção. É um perigo para o futuro. Não para Rui Costa, mas para qualquer presidente. Uma situação desta é muito crítica para o clube, não pode ser só votada por 2/3 mil sócios. Têm de ser criados mecanismos. Como? Ter possibilidade de ter mais votação."